Gosto muito da escrita do célebre poeta português, José Saramago, ganhador de importantes prêmios como Nobel e prêmio Camões de literatura, ele, Saramago, tem uma frase que carrego diariamente comigo há anos: “Na vida não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”. Partilho esta frase com amigos e em meus treinamentos porque vejo nela, algo de fato surreal. Verdade mais objetiva estaria entre poucas.
Em épocas como esta, de final de ano, nada mais estratégico que derivar desta frase, algumas reflexões, buscando entender “alguns dos porquês” que justificariam muitos dos objetivos que ficaram pelo caminho em 2019. Sonhos, planos, metas, desejos fervorosamente prometidos que mais uma vez, ou seja, por mais um ano, foram feitos incompletos, adiados, procrastinados, sabotados ou sucumbiram vítimas de adversos neurológicos diversos. É como disse o poeta, não tenhamos pressa mas também não dá pra ano após ano, repetirmos os mesmos erros, pois de fato a vida passa muito rapidamente!
É preciso entender que geramos nossas expectativas sob a ótica daquilo que acreditamos ser, mas há uma distância enorme entre aquilo que você pensa que é, aquilo que eu penso que você seja e aquilo que você é de fato. Entenda também que somos na verdade, um subproduto do meio e não exatamente a essência daquilo que poderíamos ser. Explicando melhor, nascemos seres absolutamente capazes, com espectros neurológicos aptos a desenvolver tudo aquilo que buscarmos e objetivarmos em altíssima performance, no entanto, já desde a constituição da memória primitiva ou seja, desde a trigésima semana ainda no útero da mãe, já passamos a receber e processar as informações de nosso meio, em sobremaneira, aquelas advindas da família. Ocorre que cada vez mais, vivemos e convivemos em cenários com pessoas desalinhadas socioemocionalmente e mesmo quando queremos muito e até mesmo quando planejamos nossas ações, temos baixa iniciativa, ou baixa acabativa, além é claro, de inúmeras outras variantes que derrubam nossas performances e impedem que realizemos aquilo que tanto queremos ou planejamos.
Não basta saber o que quer e até mesmo planejar para atingir aquilo que quer. É preciso desenvolver uma nova planta neurológica que efetivamente geste suas emoções, estabelecendo nas suas ações e práticas diárias um novo padrão de organização das coisas no tempo e de vivências relacionais mais seletas e apuradas.
Este tema requer um diálogo mais intimista e aprofundado e para tal fique à vontade para fazer contato e aprofundarmos. No entanto, segue aqui pelo menos quatro dicas estratégicas para você começar de fato um novo tempo, com novo senso organizativo, de melhor e real planejamento, alta resolutividade de conflitos, assertividade, resiliência, gestão e eliminação de crenças, possibilitando assim, uma maior performance na acabativa de suas metas deste novo ano. Anote ai e disponha sempre:
1. Abandone orientações motivacionais. Motivação isolada é incapaz de mudar comportamento.
2. Busque estudar conteúdos intimamente ligados à neurociência, à metodologias ativas e ao construtivismo como forma de melhor e realmente educar seu cérebro para mudanças comportamentais reais cíclicas e permanentes e não apenas por um período motivacional.
3. Planeje de forma objetiva, óbvia e com pequenas metas. Nem por serem pequenas, tais metas serão menos importantes. Acostumando-se a realizar as pequenas metas, atingirá em seguida grandes conquistas, pois para o cérebro tudo é uma questão de habito e não de tamanho ou valor.
4.Inclua rotineiramente, no máximo uma vez por semana, o hábito de mensurar e corrigir suas ações. Lembre se mensurar é então, por período, mas uma vez mensurada as ações, a correção deverá ser diária. Esta prática lhe trará uma elevadíssima performance em tudo que fizer.
Carlos Nascimento
Consultor, Especialista em Desenvolvimento Humano Construtivista Master Trainer CEO da Academia YPY Fomentador Mackenzie