Alguns dos itens que abordei no Programa ” Liderança e Carreira” na Rádio CBN:
* Que o contexto da mulher no mercado frente a sua carreira e liderança, deve ser abordada não mais de forma isolada e apenas sob a ótica de números e dados e sim com a percepção histórica da opressão de homens sobre mulheres. A mesma opressão da sociedade é replicada no mundo corporativo. Logo estamos falando de modelo de sociedade e não apenas de mercado.
Historicamente também as mulheres tem sido levadas a ocupar funções, que embora importantes, se limitam a ser de serviços domésticos, acolhimento e de serviços de bem estar. No entanto a média de estudos da mulher chega hoje a 24% contra apenas 14,6% dos homens quando analisamos o nível de graduação. ainda assim, temos apenas 15% de cargos de gerência ocupados por mulheres e quando fazemos o recorte racial, a situação é catastrófica, pois menos de 1% de mulheres negras chegam a ocupar cargos de gerência. Apenas 11% dos caragos de Chief Information Officer ou CIO são ocupados por mulheres.
Pesquisas apontas que em se mantendo todas as condições de hoje, levaríamos cerca de 120 anos para chegar a devida equiparação, de cargos e salários entre homens e mulheres, isso se neste percurso não aparecer variantes intervencionistas que mitiguem isso. Como neste pais o que mais vemos é desregulamentação de direitos e desigualdades sociais, nos parece que esta data tão esperada, tende a nunca chegar.
Frente a estes dados, já de conhecimento de todos ou pelo menos daqueles que tem a devida preocupação com inovações e relações justas entre todos, não ha de apenas nos lamentarmos, ou nos contentarmos com a análise de números estatísticos e sim planilharmos ações mais concretas, que garanta efetividade nas ações revertendo este quadro e construindo um novo paradigma, não de mercado mas sim, de modelagem do tecido social, pois o mercado é apenas parte dele.
Se a elevação da produtividade, da qualidade, da gestão efetiva, de mais e melhores inovações e demais variantes afetas a elevação do PIB e a retomada do crescimento depende de boa gestão e de bons conhecimentos, é fato que então, que nos melhores cargos deve estar as melhores e mais preparadas pessoas, independentemente de sexo, mas chama nos a atenção que os cargos estão ocupados não pelos melhores e mais preparados, ou seja as mulheres.
Ampliar e possibilitar que as mulheres ocupem cargos de liderança por estarem se preparando de melhor forma, é então por conseguinte, facilitar a retomada do crescimento, a diminuição da rotatividade e turnover, a melhora da qualidade, da gestão interpessoal com interferência premente nos resultados do PIB brasileiro.
Para este novo paradigma recomendo ao menos sete ações imediatas e estratégicas:
1. A busca constante pela mulher de seu real protagonismo.
2. Homens e mulheres devem vencer os esteriótipos e as crenças, entendendo que falamos de modelo de sociedade e não apenas de disputa de espaço no mercado.
3. As mulheres devem buscar estabelecer cada vez mais e melhores espaços de networking, posto fazer as mesmas coisas estarem fadadas aos mesmos resultados.
4. Vencer a segmentação das lutas. A temática de igualdade das mulheres, não pode e nunca será vencida apenas pelas mulheres mas sim pelo conjunto da sociedade.
5. Instigar cada vez mais à mulher a ocupação dos mais variados cursos e segmentos estratégicos, ampliando e pulverizando sua atuação.
6. Intervir com qualidade e preparação nos espaços públicos de decisão, como Conselhos Municipais, política partidária, etc.
7. Intensificar cada vez mais os estudos, sobretudo no que diz respeito a gestão da inteligência emocional.
“Um outro mundo é possível, se o olharmos de forma real e objetiva.”
- Carlos Nascimento
Master Trainer Comportamental Construtivista Neurocoach da Academia YPY Soluções Fomentador Mackenzie Gestor Empresário
www.ypysolucoes.com.br
Para cursos e Palestras, contate 11 951595390
nascimento@ypysolucoes.com.br
