O assassinato do general iraniano pelos EUA a mando do transloucado Trump deve nos chamar a atenção e trazer alguns ensinamentos básicos. Primeiro que o Brasil não é uma ilha isolada no universo e tudo que fazemos ou falamos, sobretudo pelas nossas autoridades em termos de politica internacional, tem evidentemente alguma repercussão. Algumas mais, outras menos, algumas imediatamente, outras nem tanto, mas ha de atentarmos ao que é dito, sobre tudo pelo governo federal e seu time e mais ainda pelo presidente da república. Os EUA historicamente e mesmo em eras do (elogiável) Obama, teve a necessidade de manter seu referencial de maior e mais poderosa potencia mundial. Como os seres humanos são eminentemente seres violentos, claro que os EUA o fez através dos anos e de inúmeras gerras. Assim não basta ser forte, é preciso mostrar e provar serem fortes. Mas e o Trump ? Hoje os EUA tem um presidente extremado em suas posições conservadoras, questionado por grupos mais democráticos, mas sustentado por ampla maioria que o vê como ferramenta de manutenção de concentração de renda e poder e de sucateamento de politicas e ações de acolhimento social. Sim, lá para Trump nem a conservadora cartilha newliberal da “humanização do capital”, lhe serve.
Mataram no Irã um personagem endeusado pela população, uma espécie de Sérgio Moro por lá, cujas ações também questionáveis servia bem aos detentores do poder. Quando agora os Iranianos pregam uma “vingança” a altura certamente, o farão. Bem, e eu ou nós com isso ? Trump é um governo enfraquecido cada vez mais inclusive pela ação de impeachment e vai querer evidentemente assegurar se no cargo e em sua reeleição servindo aos mais poderosos segmentos da economia e da politica americana dentre eles, as industrias bélicas, ou seja, Trump jamais deixaria seu governo sem provocar uma guerra, seja lá onde for e por qual motivo for. A economia dos EUA e os poderosos dos EUA necessitam de uma guerra.
Bem, se analisarmos o contexto geral atual e associá – lo aos discursos que as autoridades brasileiras fizeram recentemente no âmbito destes países envolvidos, notadamente vamos ver que foram totalmente equivocados, priorizando uns em detrimento de outros. De certo mesmo, é que teremos que buscar fontes que possam ir bem mais longe que Jornal Nacional ou Jornal da Record para formarmos uma opinião mais contundente sobre este tenebroso momento: Quais interesses reais numa guerra de países como Arábia Saudita, Israel Turquia, Russia, China? Neste entremeio, temos petróleo, muito petróleo e novas jazidas sendo descobertas, novas rotas de comercialização sendo compostas, pactos e re-pactos nucleares, etc etc etc. Por hora, o que deve ser aprendido, é que um presidente ou um governo como o nosso, que deveria buscar integralidade mundial, jamais deveria sair atirando em uns e protegendo outros, pois na política, sobretudo a internacional, o menos é mais e a arte da politica é errar menos para acertar mais.
Bem o texto está longo e só estamos começando a analisar esta nova conjuntura mundial que se abre com o assassinato deste general Iraniano.