O cérebro humano é uma máquina perfeita, responsável pelo maior consumo de energia em nosso corpo, ele se mostra adaptável a toda e qualquer necessidade ou desafio a ele colocado.
Quando chegamos ao mundo, nosso cérebro tem esta formatação de perfeição, mas ao longo da vida, as informações (educação), ou seria melhor dizer a deseducação, que recebemos do nosso meio e que são afetas a crendices, culturas diversas e influência de todo tipo e sorte, vão aos poucos deformando esta perfeição e incutindo em nós, muitos de nossos estressores e barreiras limitantes, que carregamos muitas vezes por toda a vida.
Tratamos e assinalamos tais barreiras limitantes como os medos, a timidez em excesso, a ansiedade, as angústias, ou seja, em resumo, a incapacidade a qual somos submetidos de não conseguir gestar nossas emoções, tão pouco nossas crises situacionais.
Por isso, o tema Inteligência Emocional, ainda que de forma lenta, vai abarcando cada vez mais pessoas e segmentos e aos poucos, vamos entendendo a tamanha importância que devemos dar a este assunto, justamente por ser ele, o cerne de nosso desenvolvimento, superações e de melhor performance.
Pois bem, tratemos aqui de um destes elementos, pouco usual na vida pessoal e profissional das pessoas. A Emotização, que é o ato e efeito de construir primeiramente em seu espectro neurológico, uma ação associada a uma emoção de boa qualidade, ou conjunto delas, antes de realiza-las no plano real. Não confunda com oração, jogar algo ao plano exterior, repetir as palavras positivamente, nada disso. Emotizar é uma ação estratégica, em busca de seu acerto e de sua melhor performance.
Grandes empresários, atletas, artistas, astros da música, dentre outros segmentos, faz uso da emotização para melhor desempenhar suas funções.
A emotização embora tão poderosa, é pouco usada e conhecida, mas está intimamente relacionada ao melhor potencial humano como elemento central em sua auto realização.
A neurociência nos afirma: “Se por exemplo, você fechar seus olhos e se imaginar andando de bicicleta, as áreas que serão ativadas em seu cérebro, serão as mesmas que estarão ativas quando de fato estiver andando de bicicleta. Logo, emotizar para o cérebro humano, é um treino, é praticamente realizar.
E qual a importância deste treino “mental”? Oras o mesmo que tem o treino no âmbito externo, quanto mais você treina, mais você aprimora uma ação e fundamentalmente a emotização, serve para quebrar o que chamo de “Efeito da Imprevisibilidade”, ou seja, ao emotizar uma ação, seu cérebro estará acomodado e habituado em um cenário futuro, mesmo sendo ainda, na emotização, no seu campo imaginário.
Quebrar o efeito da imprevisibilidade, é eliminar a potencialidade que o susto tem sobre nós, ou seja aquilo que não nos é previsto, ao chegar até nós, nos traz também baixa performance até nos adaptarmos àquela situação, ocorre que por muitas vezes, não temos este tempo de adaptação disponível, como por exemplo numa entrevista de emprego, numa reunião de diretoria, numa sala de aulas, numa palestra pública, etc. E por não termos este tempo, perdemos oportunidades e a chance de evolução.
A emotização nos dias atuais já vem sendo objeto de maior estudo através da emotologia que é o estudo de um conjunto de situações afetas a formação das emoções.
Muitas pessoas, até já faz uso deste artificio, mesmo sem saber exatamente de suas dimensões e aplicabilidade, mas que ao fazer colhem resultados de destaque. Chamou atenção, uma matéria do Laboratório de Ciências do Globo Esporte da Tv Globo, onde de forma destacada ainda que superficial, aborda a ciência no desempenho de atletas. A matéria levada ao ar no dia 28 de julho de 2017, tratou de abordar e revelar, algumas das técnicas usadas pelo nadador paralímpico Daniel Dias, patrocinado por várias marcas dentre alas a honrosa Universidade Mackenzie.
Nesta matéria, abordou se, vários elementos acerca de sua performance destacada de campeão. Vários são os elementos, que perfaz sua performance, mas uma delas em destaque, apontada pelo nadador campeão, é o fato dele trazer consigo, o hábito de se imaginar com todos os membros habituais de um ser humano, ainda que tenha a deficiência de não ter parte dos braços, as mãos e parte de uma das pernas. Sim, este é o segredo apontado pelo nadador, como elemento central.
Imaginar, ou seja, emotizar, ser ele um ser fisicamente completo, com todos os membros e assim ao fazê-lo, seu cérebro lhe dá estabilidade, velocidade, força motriz, foco, e direção rumo aos melhores tempos.
A matéria não tratou disso, tão pouco Daniel Dias mencionou sobre, mas este ato de imaginar se completo, com todos seus membros potencializando sua emoção de campeão, tem nome e chama se Emotização e de fato, ao postar se desta forma, eleva o cérebro a sua melhor performance, logo produzindo seus melhores resultados.
Vale a pena assistir esta matéria espetacular neste link, que com a devida licença da TV Globo, posto aqui, pois de fato, cumpre uma função social imprescindível a todos. https://globoplay.globo.com/v/6039565/
A emotização por si só, se faz numa importante ferramenta e associada a outras variantes que trataremos em outros artigos, é de fato um diferencial. É então, algo a ser mais publicizado, para que seja de maior conhecimento e mais usado na vida pessoal e profissional das pessoas. O sucesso e a superação de desafios são bem mais simples do que você possa imaginar, basta você, conhecer a funcionalidade do cérebro humano.